Olá perfects,
Este título pode ser um pouco assustador, certo? Mas a verdade é que, já há algum tempo, tenho andado a pensar, porque é que tantos casais, que aparentemente tinham um bom relacionamento, se separam pouco tempo depois de terem o primeiro filho em comum! Aliás, as revistas cor-de-rosa têm publicado vários casos destes, em casais mais mediáticos, mas isto acontece com diversos casais e o mediatismo nada tem a ver com o caso.
Então, porque será? Haverá alguma razão, ou várias, para que isto aconteça? Bem, o primeiro esclarecimento que tenho que dar é que as observações que farei, daqui em diante, não são suportadas por dados científicos. Correspondem, isso sim, à minha experiência pessoal e observação. Logo, têm mais a ver com a minha opinião e visão da realidade, do que com outra coisa qualquer!
Dito isto, podemos avançar. Não quero aqui falar das situações em que os casais já não se davam bem e, que, não se sabe bem porquê, acham que um filho vai salvar o casamento. Nestes casos, não terá sido o nascimento do bebé que terá tido nada a ver com o assunto. Quero falar sobre os casais que se davam bem, faziaM várias coisas juntos, eram felizes e cujo relacionamento mudou depois de o bebé nascer. Na minha opinião, há duas situações propensas a que o nascimento de uma criança possa levar ao afastamento dos pais:
1 - Pais (homens) que não colaboram
É muito fácil chegar a casa, depois de um dia de trabalho, em que a mãe ficou em casa todo o dia 'só' a tomar conta do bebé e querer que a mulher lhe dê toda a atenção que dava antes. Pois... isso é muito bonito se o bebé for calmo, se a mãe se adaptou bem ao seu novo papel, se o bebé mama bem, se o bebé descansa e a mãe também consegue descansar, se o bebé não demora 1h a mamar, mas 1/2 a arrotar e após a 1/2 hora seguinte em que se muda a fralda e se deita a dormir, já está a chorar novamente... Estar em casa com um bebé, é uma grande alteração na vida de uma mulher. Hoje em dia, quase todas nós somos independentes, trabalhadoras e estamos habituadas a sair, ir trabalhar, conviver com os colegas e amigas. De repente, temos dias em que para tomar um duche, precisamos da ajuda de todos os Deuses e mais alguns, porque o bebé não sossegou um minuto e ninguém quer estar a tomar banho com um bebé a chorar ao mesmo tempo! Além disso, há o corpo diferente, a subida do leite, as roupas que teimam em não servir e há que gerir toda esta confusão, no meio de tanto amor que se tem e quer dar. Por isso, o bebé é o centro das atenções, porque tem de ser, não porque a mãe queira ignorar o seu namorado de sempre.
Na verdade, um pai dificilmente passará pela mesma coisa, por muito compreensivo que seja. Então, o que podem fazer? Ajudar. Chegar a casa e ficar com o bebé, com confiança, para a mãe estar meia hora fechada na casa de banho, pode ser a melhor terapia do dia. Coisas que podem ser simples como mudar as fraldas ou dar o biberão (se for o caso), são momentos de partilha importantes para todos. Tentar calar o bebé quando ele chora. Ficar com o bebé para a mãe ir ao cabeleireiro, pois tem de se sentir bonita e ter um bocadinho de tempo. Isto porque a mãe não quer estar com o bebé? NÃO É NADA DISSO! Isto porque o pai também deve estar sozinho com o bebé, para perceber o nível de exigência e atenção necessárias para cuidar de um ser maravilhoso, mas totalmente dependente. Isto porque a mãe não deve (apesar de muitas vezes querer) estar sempre, sempre com o bebé, porque também tem de ter um bocadinho de tempo para si. Porque senão, o que pode acontecer, é que fica com muito menos paciência e isso é uma pena. Os pais têm de se mostrar interessados em ajudar e dar o seu melhor, ser pacientes, porque nós (mesmo que não digamos) agradecemos e muito!
Bem sei que não somos todas iguais, que cada uma gere os filhos à sua maneira. No entanto, esta resultou para mim. Houve dias em que só consegui tomar banho quando o Zé (querido marido) chegou a casa. Mas nesse momento conseguia, ele ficava com a bebé e dava conta do recado. Eu sentia essa segurança, porque ele sempre se esforçou e porque também lhe mostrei sempre que confiava nele. Ajuda e partilha, são essenciais. Logo, esta questão leva-me para a outra situação propensa:
2 - Mães que absorvem os bebés e acham que só elas é que sabem fazer tudo
Quem pertence a esta equipa que ponha a mão no ar! Pois é, estou a imaginar tantas a pensar com os seus botões, será que eu pertenço a esta equipa? Então vamos lá ver, se o bebé chora no colo do pai vão lá arrancá-lo a toda a velocidade? Vocês dão de comer, banho e mudam a fralda ao bebé sempre, porque o pai (ou a avó, ou a tia) não vai por pomada suficiente, ou vai por a pomada errada, ou a fralda ao contrário, ou vai deixar cair o bebé no banho, ou o vai deixar apanhar frio, ou não vai saber entreter o bebé, ou não lhe vai dar a comida toda, ou não o vai fazer às horas certas... Ou então, deixam o pai fazer aquilo que ele acha que sabe/pode mas estão sempre a corrigir: 'não se pega assim', 'cobre o bebé que apanha frio', 'aperta bem a fralda assim para não sair xixi' e podia continuar, pois podia? Já se reconhece neste clube? Ainda na dúvida? Acho que falta mais uma, jamais, em tempo algum, o pai pode ir sozinho com a criança ao pediatra: a mãe já está a trabalhar, tem uma reunião importante marcada, o(a) pequenino(a) ficou de repente com febre e o pai está disponível. O que fazer? O pai vai ao médico sozinho com o bebé? Nem pensar, adia-se a reunião, põe-se tudo em stand by, porque o pai não vai perceber nada do que o médico diz e vai dar os recados todos ao contrário!! What? Então é responsável, tem uma profissão, muitas vezes gere negócios de milhares e não pode ir sozinho com o filho ao pediatra porque não é competente? Será mesmo, ou há dentro de si uma 'control freak'? (maníaca do controle, não soa tão bem, pois não?)
Eu bem sei que há homens que parece que têm medo de partir os bebés quando eles nascem. No entanto, é como tudo da vida, o hábito faz o monge, não é? Quando menos fizerem, quanto mais fizermos por eles e mais corrigirmos, pior! Menos se habituam, mais dificuldades terão em ajudar e menos autonomia terão em estar com os bebés. Não é necessário fazerem logo tudo. O Zé, por exemplo, apesar de tentar ajudar sempre que podia, sempre teve receio de dar banho às bebés nos primeiros meses. Não se sentia confortável. Qual é o problema? Nenhum! Eu dava banho e ele dava o leite, quando já bebiam de biberão. Ou, então, punha creme e ajudava a vestir. Sem filmes, nem dramas que não é preciso, porque o dia-a-dia com um bebézinho já pode ser suficientemente dramático! Agora, se estivermos sempre a dizer não é assim é assado, dá cá que está a apanhar frio... isso demove qualquer um. Depois, as mães queixam-se que os pais não ajudam, que não sabem fazer e blábláblá! Qual será mesmo o motivo? É o pai que não se esforça ou a mãe que o acha incompetente e o faz sentir dessa maneira? A resposta a estas questões pode não ser fácil, porque pode haver duas visões, mas tentem conversar e procurar descobrir como cada um pode melhorar e vão ver que tudo acaba por correr bem, pois com amor tudo se resolve.
Meus perfects, já escrevi imenso e já devem estar fartos de me aturar. Ou talvez não, se leram até aqui! ;) Quero salientar que este meu post não foi escrito para fazer juízos de valor, nem criticar ninguém. É, apenas, a partilha de um pensamento que me tem acompanhado de há uns tempos para cá. Gostava de saber se concordam e qual é a vossa experiência pessoal, pois a verdade é que todas são diferentes. Apenas gostaria que, os casais que estão a pensar ter filhos ou que tenham tido um bebé há pouco tempo, possam beneficiar, de alguma forma, destas minhas divagações. Sinceramente, desejo que sejam todos felizes e que saibam que um filho nunca destrói nada, apenas constrói amor e uma família, os adultos é que fazem todas as asneiras e disparates que há para fazer!
Beijinhos,
Inês
BE HAPPY, BE PERFECT!
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