Olá perfects,
Tenho andado com um pensamento na cabeça, sobre esta afirmação que algumas mãe fazem: "Nasci para ser mãe"! E fiquei a pensar com os meus botões sobre o que é isto, 'Nascer para ser mãe'?
Quem segue o blog sabe que eu sou mãe de 3 meninas maravilhosas, que me dão muitas alegrias. Dou-lhes o meu amor como nunca dei a ninguém, nem mesmo ao Zé (o meu namorado de sempre ;)), nem sequer aos meus pais, que amo do fundo do coração. Como fui a primeira das minhas amigas a ter filhos, ouvi muitas recomendações das mães mais velhas e experientes, que tiveram pouca relativa utilidade, pois há medida que fui tendo cada uma delas, percebi que nunca nada se repete e se, cada mãe é uma mãe, cada filha é uma filha. De seguida, fui eu a passar a minha experiência, às minhas amigas, que foram engravidando. Tentei não ser muito chata (as que estão a ler isto e que não concordam que se acusem), mas a verdade é que há pouco tempo percebi que um dos principais motivos pelas quais as mães partilham as suas experiências (pelo menos eu) é puramente egoísta! Egoísta, sim! Chocadas? Passo, então, a explicar... Como a maternidade, desde a gravidez, foi para mim uma experiência muito boa, partilhá-la, mais do que pretender que seja um ensinamento para alguém, é uma forma de reviver momentos felizes! Daí eu dizer que é bastante egoísta. 😉
Entre esses ensinamentos, que me iam passando, vinha sempre a expressão "a vida muda muito" e blá, blá, blá! Na verdade não sei se a vida muda muito, pouco, nada ou totalmente. O que dizia às minhas amigas (e ainda digo hoje quando o assunto são bebés) era que o que muda é muito simples. Desde que temos filhos nunca mais acordamos a pensar em nós, nos nossos problemas, no que vamos vestir ou na reunião desse dia, passamos a acordar e pensar neles: se estão bem, se estão cobertos, que temos de os acordar para ir para a escola... E isso, na verdade, muda tudo!
Entretanto, vamos ouvindo muitas mães que gostam de se vangloriar de que
abdicaram de tudo pelos filhos. Das profissões 'promissoras', das férias/jantares a dois, das saídas com as amigas, das idas ao ginásio, de que os filhos foram a sua opção de vida e que tudo só faz sentido assim. Pois eu não sou dessas mães. Nem abdiquei da minha profissão, que adoro e me faz muito feliz; e adoro ir jantar sossegada com o Zé ou passar um fim de semana a dois, mesmo que a raridade seja imensa! Não critico quem o fez e faz. Acima de tudo acho que cada uma de nós deve fazer aquilo que a faz feliz. Se viver só para os filhos é a opção que faz feliz a umas, que o façam, se manter a vida de mãe, mulher e profissional faz outras felizes, assim deve ser. Esta é a minha opinião, está claro!
(Estas fotos são da sessão de Natal de 2014, e foram tiradas pela Elisabete Covelinhas. Adoro-as!)
No entanto, leio em várias ocasiões mães a criticarem outras porque fazem isto ou fazem aquilo, e isso choca-me de verdade. Quem sou eu, ou qualquer uma de nós, para dizer que fazer assim está bem ou está mal. O que levará as outras mães dizer que se deve abdicar de tudo pelos filhos? Que ir passar um fim de semana a dois é um crime de estado? Que quem nasce para ser mãe não se incomoda com nada de que abdicou?
A minha questão vem exatamente daí! Se nascer para ser mãe significa deixar de ser a Inês, a prof., a decoradora, a mulher, a filha, a amiga, então não terei nascido para ser mãe. De qualquer forma, olho à minha volta e, desculpem-me a imodéstia, não aceito que ninguém se ache melhor mãe do que eu sou. Eu sou a mãe que castiga e que dá mimos; sou a mãe que estuda com elas e que reclama quando se baldam; sou a mãe exigente e resmungona, mas sei que sempre que têm um problema é comigo que vêm ter; sou a mãe que comete erros e que pede desculpa; sou a mãe que gostava de ser melhor todos os dias; sou a mãe que dá o seu melhor e que reconhece que educar é o que há de mais difícil neste mundo; sou a mãe que dá amor e isso é o que há de mais fácil neste mundo. Sei que felizmente há muitas mães por esse mundo fora tão boas mães como eu, mães que todos os dias se esforçam por
ser o melhor mãe que sabem e isso, para mim, é que é
nascer para ser mãe. Por isso, não aceito que ninguém diga que é melhor mãe do que eu ou todas aquelas que, como eu, dão aos seus filhos todo o seu amor.
E para vocês, o que é nascer para ser mãe?
Beijinhos e boa semana,
Inês
BE HAPPY, BE PERFECT!